A SANCTA ORDEM - METAFISICA SOCIOLOGICA
Dizem os sábios que quando o grande Prometheus havia terminado de fazer o homem, os Deuses na primeira apresentação não apenas olharam-nos como quem olha à uma pedra, um vaso, o sol ... como quem olha um objeto, feio ou belo, útil ou inútil. Espantaram-se, seguido de um medo inefável. Medo esse que vinha do instinto de zelar pela própria existência, ante a algo indiferente e desconhecido, algo que olhando agora atentamente impunha no rosto imagem de rival, sua própria imagem, imagem maravilhosa, que diferente de si era dúbio e tal dual possibilidade de viver em uma única existência infinitas tragédias e gozos que se sobrepunham dava a esse ser poder de conhecer algo que os próprios Deuses não podiam conhecer, não queriam conhecer, uma forma que em sua glória imortal, em seu orgulho assoberbado não poderiam nem fringir em pensamento apesar de constantemente próxima à todas as criaturas do universo: finitude. Foi ai que Prometheus criou o novo, dando em sua miséria aparente, relegado a opressão dos Deuses e das fúrias em seu bel prazer para que conhecessem o que eles mesmos não conhecem, e assim ao longo de muitas existências e formas de provar da existência alcançasse poder maior que os próprios Deuses, poder diferente, que não era pronto, mas gradual, progressivo, e assim mais forte, mais dinâmico, com potencial de não estagnar numa forma perfeita, mas de sempre continuar crescendo até a sublimação, um ser finito em seu tempo mas infinito em sua ânsia, decrepito em sua passagem mas magnífico em sua forma, miserável em seu início no universo mas glorioso em suas possibilidades. Algo tão semelhante a si, algo tão impossível, seus rostos indiferentes escondiam um pavor secreto de estarem se vendo num espelho, de estarem se deparando com algo que poderia talvez, na mais remota das possibilidades suplanta-los. Se não fosse seu orgulho criado pelo conforto, e pelo conforto mantido por seu orgulho, os Deuses haveriam cogitado essa possibilidade, mas o destino de progressão e evolução dos mundos quis que as forças fossem cegadas pela luz do mais miserável dos seres que se tornaria o próprio sol da criação. Sentiram medo, sim, mas esse medo foi logo abafado em seus corações seguido por um maravilhamento, uma curiosidade infinita, um fascínio que suplantava tudo pois estavam ali se vendo. Tal ser feito a sua imagem, menor em poder, mutável, curioso, indescritível. Espanto seguido por fascínio. Os Deuses espantaram-se e logo admiraram.
Que me desculpem aqueles que gostam do indivíduo, meu foco é o macro. Deixe o indivíduo para que a psicologia e a neurologia o mapeiem. Eu sempre gostei do macro e o macro dos seres humanos é a sociedade como corpo e a sociedade no espaço é a cidade. Desde a infância eu gosto dos processos não dos agentes. E escolhi meu curso de formação como urbanista por gostar já antes de estudar os processos humanos no espaço geográfico, as cidades. Minha análise é sobre as cidades, sobre gente, sobre cognição, sobre suas relações. Me perdoem aqueles que apreciam o indivíduo, aqui não encontrarão solo fértil, deixem-me com meu macro.
Conceito e Estética
Tudo que é forma no universo, tudo que é gráfico, tudo que é tangível pelo pensamento é estético. E tudo que é estético não é apenas estético, não tem apenas uma forma, tem um conceito por dentro, uma informação que aquela forma reveste. Tudo no universo é na verdade informação, e algumas informações, as cognoscíveis pelo ser humano, são revestidas de forma. Tudo no universo é conceito, que é a informação por detrás das coisas, e estética, que é como aquela informação se agrupa. Alguns poderiam dizer que tudo é composto de espírito, alma, e algumas almas habitam corpos materiais. No final dá no mesmo. Não discutamos em volta de figuras de linguagem. É sabido, é claro, é visível, é entendível, é tangível, é pensável, é sensível, é intuitivo, o universo cognoscível é dividido em informações de ondas e a forma como essa parte da onda de informação é agrupada forma a sua estética. Até as coisas não existentes de forma visível na natureza mas que podem ser pensadas em ideia, como um triângulo, ou um cálculo matemático, é conceito revestido de estética. Tudo no universo cognoscível pelo ser humano é conceito revestido de estética. Por detrás da árvore existe a informação genética da árvore, e seu campo mórfico, que define a sua forma. Por detrás da lua ou de qualquer planeta existe a informação, o conceito, que faz com que as moléculas da rocha e outros materiais associados as leis físicas deem origem aquela forma, aquela estética. Todo ser humano tem suas células ligadas ao campo mórfico que é seu conceito e isso gera visivelmente a sua estética. Toda lei física e química tem suas informações de ação e não ação, sua programação, que é seu conceito, e podemos através de seus efeitos cogitar sua forma nos pensamentos abstracionais no calculo ou interpretando seus efeitos, aí está sua estética. Tudo que existe é conceito. E tudo que é capaz de o ser humano entender e conhecer tem além de conceito sua estética.
Solve et cogula - teoria do batimento social humano pela abordagem estética
Qualquer estudioso da humanidade percebe facilmente que analisando as expressões humanas que se compõem de - pensamento, filosofia, organização política, arte, organização econômica, organização social, leis e moral, em ordem de hierarquia de influência decrescente - desdobradas no plano temporal-espacial existe um padrão de movimento quase gráfico aonde essas forças da expressão humana mudam, sim elas mudam, assim como a humanidade está viva e vida é dinâmica, suas expressões são representações desse espírito de vida do tempo de um grupo, de uma sociedade. Estudando história de qualquer uma dessas forças de expressão da humanidade vemos que elas oscilam ao longo de períodos de tempo em pontos opostos, com um pendulo, ou numa analogia mais eficiente, como num gráfico de candle stick, dependendo do tempo do gráfico que o observador escolhe analisar percebe-se que as vezes as velas sobem, as vezes descem, as vezes num período percebe-se que elas estão oscilando rumo a uma subida constante. E as vezes aumento ainda mais o período do tempo analisado vemos que essa subida constante é na verdade a recuperação e uma queda maior ainda. A história é a observação gráfica das expressões de uma sociedade humana ao longo do tempo, e a percepção vívida que os movimentos individuais dos que estão operando as ações naquela sociedade faz com que os candles subam ou desçam, alguns tem mais influência para ditar o movimento do gráfico de candles, os grandes investidores, os que tem imensas quantias de poder e fazem grandes movimentações, outros, a maioria, compram e vendem pequenas unidades do commoditie e assim são peixes que remam na maré do gráfico, as vezes perdem, as vezes ganham, vão com a maré e são engolidos pelos movimentos gráficos em coisas além de sua capacidade de influência.
Tais expressões sociais humanas citadas são oscilantes e isso é claramente perceptível recortando qualquer parte da história de qualquer povo humano, alguns demoram muito para que haja uma breve oscilação, outros povos dentre eles o maior de todos que já existiu, o ocidental, mostrou uma velocidade de mudança oscilática enorme em sua história sendo o povo perfeito, e talvez o único que importe na verdade, para analisar esse fenômeno de oscilação das expressões sociais humanas no tempo. Quando analisa-se um recorte de algum período da sociedade ve-se que um expoente de pensamento filósofico sempre é seguido por um que se opõe a ele. Os movimentos políticos a mesma coisa, sempre um regime é seguido por outro que se opõe a ele, nenhum regime durou eternamente. Assim também os movimentos estéticos, eles que recobrem os movimentos conceituais filosóficos sempre também acompanham essa oscilação tendendo a se opor ao que veio antes de si no tempo, e por ai vai...
A medida que o tempo vai passando os candles vão subindo e depois descendo, o pendulo vai pra um extremo e depois para o outro, é como se a sociedade ocidental tivesse dentro de si um espírito volátil que faz com que alguns expoentes vão para um extremo da mente humana e com as vivências do espectro escolhido já se cansa e se move para outro oposto. É curioso ver que na sociedade Chinesa, Hindu e Egípcia que tem composições sociais-temporais semelhantes a sociedade ocidental judaico-helênica esse movimento e oscilação não apresenta tamanha volatilidade, para os regimes políticos, filosóficos, artísticos, morais etc... Para essas sociedades mudarem qualquer aspecto de seu corpo seja conceitual ou estético demorava séculos, as vezes milênios. Tal feito era devido a rigidez de suas elites governamentais, intelectuais e religiosas que criavam circunstâncias múltiplas que impediam propositalmente a mudança das expressões sociais e individuais, num conservadorismo quase estático, como por exemplo a proibição no Egito antigo de qualquer forma de arte que não fosse a arte sagrada em duas dimensões praticada por milênios até a dominação da elite Helênica destronar a elite egípcia e assim permitir a liberdade dos artistas poderem criar outros tipos de expressões estéticas principalmente com influência helênica.
Na sociedade ocidental vemos que os regimes, ideias e movimentos estão a todo tempo se sobrepujando, um sendo instaurado após o outro sempre se opondo ao anterior, sempre se modificando numa fórmula de tese, antítese e síntese constante. Seja nas cidades estado helênicas, seja em Roma, nos reinos da cristandade europeia, nos impérios ultramarinos ou nos Estados-Nação, as expressões estão mudando constantemente não numa batalha, mas numa metamorfose de um espírito.
São as elites de uma sociedade que definem os rumos históricos da mesma. Ideias só podem ser espalhadas com dinheiro para produzir meios de as espalhar. Regimes só podem ser derrubados com exércitos para guerrear. Poder financeiro, intelectual, político e bélico, os poderes que regem e embasam as sociedades, isso sempre pertenceu a poucos. Da mesma forma que uma elite é influenciada pelos pensamentos da elite que a precedeu ela pode escolher levantar alguma outra forma de pensamento em seu tempo que a agrade mais ou a seus ideais e propósitos, as elites não são um corpo fixo mas um corpo mutável, nem são negativas ou positivas, pois o juízo de valor é relativo ao observador analista, elite se define por aqueles que detém poder em algum nível numa sociedade. Os pensadores, que não necessariamente tem poder, criam e sintetizam ideias, as ideias influenciam expoentes dos indivíduos que tem poder, a elite. A elite põe em prática as ideias que a convenceram e fazem as mudanças sociais, políticas, religiosas, morais, artísticas etc... que podem ser súbitas ou projetos extremamente longos para serem implantados, e com sua morte entregam o poder a próxima geração da elite, seus descendentes, não necessariamente físicos, mas culturais, já que muitas das vezes os ramos das elites brigam entre si por poder e discordâncias de rumos e ai um ramo é eliminado e outro ramo a sucede sentando em seu trono, o trono permanece, a elite que vence sempre usa das aquisições tecno-culturais da elite precedente, por isso foi falado no início que uma elite sempre é influenciada pelos pensamentos da elite anterior, pensamentos filosóficos ou solidificados em objetos, tecnologia e processos.
É de se refletir: por que diferente de outras elites de outras civilizações a elite da civilização ocidental promove movimentos de expressões sociais humanas sempre mutáveis. É curioso. E essa alternância pendular de expressões vem aumentando em velocidade com a progressão do tempo. Na antiguidade esses movimentos alternantes de ideias e ações, em seus períodos de maior volatilidade, levavam até duas gerações de duração. Já no período mais longo foi durante a idade média levando mais de um milênio de estagnação social. Em média podemos dizer analisando a história da sociedade ocidental como um todo que de quatro em quatro gerações ocorria um ciclo de mudança pendular. Em média um século. Desde o renascimento cultural essa velocidade vem aumentando gradativamente a nível de se chegar a apenas uma geração nos séculos da revolução industrial, e agora no século xxi apenas meia geração. Meia geração, 10 anos, no âmbito estético, ou seja, moda, gastronomia, padrões de cores, padrões de beleza, música, dança e símbolos de identificação social e isso foi devido ao advento da internet que volatilizou ainda mais as trocas de informação de elementos de comunicação. Já no âmbito social vemos que para uma ideia sobrepor a anterior oposta, para uma mentalidade social inteira mudar, demora cerca de 30 anos até que ela se assente. No âmbito político a última estrutura de governo se formou a cerca de 70 anos que foi uma derivação da democracia contemporânea porém com modificações na estrutura legal, e do crescimento de inclusão de diversas classes de pessoas no corpo de governo e na expansão dos direitos individuais como forma de propaganda e manipulação dominativa. Já no âmbito econômico demora cerca de 20 anos para fazer uma mudança no padrão econômico de uma sociedade ocidental. Esse é o padrão de volatilidade pendular que chegou a civilização ocidental. Todos os sistemas mudam em frente aos nossos olhos. A geração futura já não vai viver no mesmo mundo que a geração que a precedeu, e tem sido assim a cerca de três séculos. Vemos que existe uma ligação clara entre a evolução tecnológica da sociedade com o tempo de mudança de oscilação de suas expressões, entretanto isso ainda não explica o porque as elites promovem essas oscilações em vez de estagnar num padrão estático como as outras civilizações.
Talvez as elites ocidentais tem esse método de abordagem volátil e mutante pendular pois são compostas em sua maioria pela mesma raça, caucasiana. Ou talvez seja algum padrão de pensamento cultural que existe em comum em todas as diversa fases dela. Ou talvez seja a teoria espírita de que é o mesmo grupo de espíritos afins semelhantes que reencarnam nas mesmas civilizações. Mas percebemos sim que seja qual for a motivação o fenômeno da oscilação pendular da civilização ocidental é gritante e perceptivo. As elites do ocidente, que sempre teve como seu cento o mar mediterrâneo, desde a antiguidade, vem propositalmente através das gerações mudando constantemente as formas de governo entre democracias, tiranias, oligarquias e aristocracias. Vem mudando as religiões vigentes para a mais abrangente e persuasiva que surge em cada período. Vem a cada século oscilando o estilo artístico estético de sua arquitetura, pintura, escultura, música, poesia e arte no geral.
Vou focar na parte estética das expressões sociais humanas, pois sendo a parte que mais gosto penso que posso analisa de forma mais perceptiva suas ações. Ao olharmos para os estilos estéticos na história da arte ocidental vemos que a arte não é fixa mas algo mutável, e que segue um padrão abstrato gráfico não como de uma linha em zigue zague mas para ser mais exato uma espiral, ou com falado anteriormente, também podemos fazer uma analogia com um gráfico candle. A medida da contagem do tempo o stickers se movimentam para cima ou para baixo. Definido acima como alguns ideais e abaixo como outros, opostos ao de cima. A arte no ocidente costuma assim como as outras expressões sociais humanas assumir um padrão oscilático espiralado sempre mudando, mas em uma evolução temporal retornando ao mesmo espectro da espiral que estava mais a baixo. Obviamente o padrão da espiral não é tão preciso para definir a evolução da modificação dos ideais estéticos da sociedade, por isso o gráfico candle-stick seria mais adequado, pois a espiral pode dar a entender que as oscilações são regulares, simétricas e em ciclos quase que de certa forma naturais e automáticos, mas vemos que não, nem sempre a oscilação segue exatidões em seus movimentos, nem proporções regulares. Há oscilações que são profundas, e são seguidas por umas superficiais. Quando há uma diferença muito grande entre as oscilações dos gráficos, quando ele desce ou sobe muito, podemos ver que na verdade estamos percebendo essa oscilação pois estamos analisando muito perto, e se afastamos um pouco veremos que as oscilações conseguintes sempre seguem uma semelhança de intensidade com a anterior, não tendo uma exatidão matemática pois se trata de fenômenos de sociedades humanas e padrões complexos circunstanciais, mas é certo que podemos traçar um padrão que é: as ondas de oscilações tem intensidade semelhante em crescências e decrescências. Por exemplo uma oscilação estética que foi intensamente para baixo no gráfico rumo aos ideais de baixo e durou o tempo de 230 anos aproximados, quando oscilar a linha divisória, vai subir na mesma intensidade rumo aos ideais opostos e vai durar aproximadamente dois séculos como o seu predecessor. Existe entre as linhas divisórias ainda um breve momento em que os gráficos estão a ponto de transicionar e esses são os momentos de transição estética na qual a arte que se vestia de um agrupamento de formas e símbolos estéticos passa gradativamente a se vestir com os ideais e símbolos opostos até que se livre totalmente dos do anterior, assim definindo o cruzamento da linha divisória do gráfico. Isso nos leva a traçar uma afirmação paralela de que da mesma forma que ocorre com a estética humana ocorre com as outras formas de expressão social humana, já que a estética parte e segue nos períodos históricos as ideias vigentes aquele espaço tempo social, o veste e o acompanha até que ele transicione para outra coisa.
Imagine o gráfico de candles como havíamos definido. Em cima existem alguns ideais, em baixo outros, a medida que os candles se movimentam na horizontal ou na vertical define a intensidade na qual aquele movimento artístico busca aqueles ideais de baixo ou de cima, e a medida que o gráfico anda para a direita define a passagem do tempo histórico. Esses ideais podem ser traçados e percebidos nos movimentos artísticos, que como disse, seguem os movimentos políticos, que seguem por si os movimentos ideais e filosóficos das elites. Podemos ver que eles são formas de ideais opostos a si e quanto mais um pensador se move para um se afasta gradativamente do outro, e vice versa, influenciando o movimento artístico que o seu conjunto de pensamentos irá gerar. Os ideias são, como ideais, formas de pensamento abstratas e não finitas, podem ser definidas em dois arquétipos, alguns ideais solvem as expressões sociais, ou seja, dissolvem a sociedade, sua política, sua economia, sua arte, sua moral, seus códigos, condutas e símbolos. Outros ideais são coaguladores, ou seja, endurecem a sociedade. Amolecer para mudar algo, endurecer para fixar algo, e assim as elites vão moldando a sociedade de acordo como desejam. Assim quando querem dirigir o carro da sociedade para algum lado e virar seu volante espalham ideias de revolução através das artes, da política, da economia, dos símbolos e das crenças, e fazem as mudanças que desejam. Quando terminam de fazer as mudanças desejadas viram o volante para a reta da estrada e fixam o carro em sua trajetória retilínea, dessa forma solvem e coagulam a sociedade, que é seu meio de atuação, a sociedade pertence as elites, e é assim que eles atuam. Todas as revoluções, destruições, guerras, modos operandi, formas pensamento, ideais, ideologias, filosofias e símbolos abstratos ou cognoscíveis (passados através das artes são os símbolos) são formas da elite respectiva daquele período da sociedade modificar algo que deseja (ou continuar a fazer uma mudança mais constante e permanente que já vem sendo planejada a muito tempo, mais que precisa de diversos movimentos constantes e subsequentes de solve et coagula na medida certa pois a sociedade não reage muito bem a uma única mudança muito brusca e definitiva podendo gerar perdas e externalidades enormes) e da mesma forma todos os tempos de conservadorismo, reacionarismo, materialismo, paz, abundância, constância, tempos bons e fartos são formas da elite consolidar a mudança de rota feita no carro que ela dirige, a sociedade ocidental no caso dessa análise. Podemos analisar em qual período da onda estamos olhando para os ideais que estão sendo massificados pelos meios de comunicação em nosso tempo. Quando os respectivos ideias estão ganhando muita visibilidade nas formas de propaganda e propagação de ideias detidas pelas elites, nas indústria das artes que vende os símbolos ao subconsciente humano, na grande mídia que vende as explicações do porque das situações forjadas externas estarem ocorrendo da forma que estão ocorrendo ao consciente humano, nos influenciadores de massas que apaziguam os que não se convenceram através da mídia e guiam seus rebanhos para os lados designados do pasto. Quando as massas estão sendo manipuladas para um lado sabemos em qual período da oscilação social estamos e podemos também prever qual e quando será o seguinte. Agora vamos citar os ideais relativos a cada grupo de ideais, Solve e Coagula.
Solve:
Sentimento
Corpo
Curva
Movimento
Disrupção
Dissolver
Amolecer
Fundir
Natureza
Fantasia
Quebra
Fim
Coagula:
Razão
Mente
Reta
Estática
Consolidação
Coagular
Endurecer
Solidificar
Humanidade
Filosofia
Construção
Ínicio
Todos os padrões estéticos são definidos pelas elites, de certo o ramo que tem mais poder naquele período de tempo já que existem diversos ramos em todos os lugares, para dirigir a sociedade dessa forma para o ponto que essa deseja de acordo com suas crenças rumo ao seu ideal de mundo através de vários solve et coagula. A sociedade ocidental vem desde a metade do século xx passando por um grande solve, talvez o maior que esta já teve em termos de intensidade gráfica. Ideais que estavam a milênios na sociedade, ideais que formam o próprio ser humano, sua função na natureza, a realidade em si, aletheia, foram postos em dúvida, foram atacados, lançaram fogo contra eles, amolecidos, fundidos, batidos com martelo e moldados na bigorna do ferreiro, ideais antiquíssimos, alguns ideais que fazem parte do próprio ser humano, para que dessa forma o que não serve mais seja limpo do aço e ele fique mais puro fazendo uma espada muito melhor. Os símbolos que fazem o ser humano interpretar a realidade foram gradativamente postos em cheque. As artes alcançaram um patamar nefasto de intransmissão de ideais eternos. O senso de hierarquia está sendo a cada dia mais destruído com falsas ideias de igualdade deturpadas. O senso de beleza foi posto em dúvida também sendo relativizado, aberto, coagido, estuprado. O gênero se desfaz, se misturou o que é do masculino e o que é do feminino, as linhas foram borradas. A democracia regida pela luz dos pais fundadores da América que visava uma liberdade dentro de um senso de ordem foi sendo adulterada em sistemas políticos de caos e bagunça. E a economia virou nada, literalmente se troca trabalho semi-escravo por dígitos de pixels. Nas ideias e filosofias que guiaram todas essas transformações estão o solve mais profundo de toda a história, tudo, literalmente tudo, que compunha a sociedade foi dissolvido, tudo foi derretido, fundido numa maça incandescente, o gráfico desceu a um nível nunca antes visto, e como a interpretação diz, na mesma intensidade e força que vai para um lado indica uma forte probabilidade de ir para o lado oposto. Os peões já começaram a se organizar indicando que vira um forte movimento social para um coagula poderoso, o mais poderoso que já tivemos, um coagula transcendente. Prevejo uma era de Heróis e Heroínas. Prevejo o rompimento da linha gráfica máxima anterior, o estabelecimento de um novo limite de coagula, mais acima do que nunca, que nunca mais descerá abaixo dele. Ordo as Caos. Prevejo uma era de ouro. Isso que as elites do ocidente ansiavam ao criar toda essa instabilidade de ideais sociais. Por isso a própria natureza da realidade foi posta em dúvida de forma insana por esses ideias espalhados na sociedade desde o fim da segunda guerra mundial, para gera o caos, para solver tudo que conhecíamos, gera guerra social, instabilidade econômica e política, destruição de valores, de formas, de tudo que existe na harmonia, para enfim vir uma ordem maior do que tudo já visto. A elite ocidental usa a sociedade como a lamina de um ferreiro que bate seu martelo na espada incandescente uma hora em um lado, outra noutro, moldando o aço mole, batendo até que ele esfrie e solidifique, depois colocando o ferro rubro no fogo novamente para que amoleça e continue sendo moldado rumo a forma que o ferreiro tem na mente, até que depois de trabalhar constantemente na fria e escura madrugada noite adentro, depois de bater para um lado e bater para o outro, aquecer, fundir, moldar e esfriar em determinada temperança de bravios ciclos ele chega no raiar do dia finalmente na forma da espada planejada e pode a entregar a seu senhor de forma honrosa e meritória. É como alquimista sacro conseguindo fazer de chumbo, ouro.
Solve et Coagula. Esses são os padrões de movimentação históricos, somos influenciados e influência deles, estamos presos neles, criamos e somos criados neles, não existe fuga, cada ação individual seja de alguém sem poder (massa) ou alguém com poder (elite) de certa forma está sendo influenciado pelas ondas anteriores. Os símbolos presentes ou ausentes nas formas construtivas da humanidade (arquitetura), a modulação organizacional das cidades e como elas evoluíram com o tempo, os símbolos presentes ou ausentes nos quadros, fotos, imagens, filmes e outras artes pictóricas, músicas, poesias, todos eles moldam nosso subconsciente gerando caminhos neurais adaptados e moldados por essas essas formas estéticas. Já a estrutura política, social, de leis e de costumes molda nosso espectro de ação, que também gera caminhos neurais adaptados e feitos por esses processos. Somos fruto das ideias que regem a sociedade e somos propagadores das ideias que vão gerar a sociedade futura. Por isso os indivíduos mais poderosos são os pensadores, pois apenas um mísero deles, se tiver suas ideias aceitas pelas elites que regem os sistemas de poder da sociedade, irão nem que após sua morte, as vezes milênios após sua morte, influenciar como toda a sociedade irá se guiar e para onde ela irá. O bom pensador é um dos órgãos mais importantes da sociedade pois ele sem poder algum é quem da nascer ao futuro humano.
Cristianismo x Espiritualismo -
A dinâmica élfica
Existe uma diferença maior que um abismo abissal no modo de vista materialista espiritualista para o modo de vida transcedental espiritualista. A primeira filosofia seriam filosofias espirituais que harmonizam o mundo material com o mundo espiritual, veem a existência da consciência humana, algo que seria metafísico e espiritual, como algo que necessita da eperiência material e fisica para ocorrer, precisa assim do planeta, do ecossistema e seus recursos. Podemos exemplificar a maior das filosofias espirituais materialistas do ocidente o espiritualismo generalista que surgiu pós revolução da contra cultura americana da década de 1960, que com a entrada de diversas filosofias espirituais do oriente em solo ocidental, mesclando-se com as visões teológicas Cristã-herméticas que são a base do ociedente, geraram diversas doutrinas espirituais pulverizadas e descentralizadas mas que tem algo em comum entre todas, a crença na reencarnação, a crença em espíritos, a crença em forças invisíveis que obedecem ao pensamento humano, e a crença em moral, ou seja, uma forma superior de comportamento e a evolução através das encarnações para ir melhorando essa moral. Pode-se observar um fenômeno curioso com uma religião Franco-Brasileira chamada espiritismo, surgida no séc xix na França o espiritismo surgiu pelos mesmos princípios, o domínio da India pelo Reino Unido trouxe para a Europa diversas crenças antes desconhecidas sobre a espiritualidade oriental, que se mesclando com a doutrina Hermético-Cristã ocidental e a mentalidade típica do séc xix positivista, gerou uma religião fruto de seu tempo, que curiosamente só veio a fazer sucesso num país distante de sua invenção, o Brasil.
Para as doutrinas espiritualistas materialistas o planeta terra e a matéria são essenciais para as vidas, reencarnaçoes e experiências das conciências, os espíritos, que ficam retornando em diversas vidas para viverem diversas roupagens e crescerem, progredirem, na escala moral e ética. Esse sendo a principal diferença que o sincretismo filosófico das doutrinas espirituais orientais e das mesmas mescladas com as doutrinas orientais, para as doutrinas reencarnacionistas orientais puras os espíritos não evoluem, não existe algo que é a base do hermetismo moralista pitagórico-platônico que seria a evolução, a noção de hierarquia entre algo que é abaixo, algo que é acima, e a subida mandatória daquilo que está abaixo apra aquilo que está acima, segundo eles os espíritos retornam na próxima vida da forma que viveram na anterior, se seguiram as leis retornam em escalas maiores, se não as seguiram retornam em escalas inferiores, ou seja, podem regredir, um ser humano pode ser tornar um animal na próxima vida, e um animal pode ser tornar um humano, de acordo com o quão bem viveu na vida passada, algo que no espiritualismo ocidental é impossível, aquilo que evolui não volta na escala. A função da existência da consciência para essas filosofias orientais puras seria a saída do espírito desse ciclo de encarnações através da iluminação e assim a transcendência, para algumas a transcendência no nada, para outras se fundir com Deus, mas para todas a transcendência do estado humano material.
Já para os espiritualistas generalistas do ocidente, a matéria é essencial para a experiência do espírito, as pessoas vão e vem do planeta o tempo inteiro, se evoluem de mais vão simplesmente para outro planeta mais evoluído materialmente, a matéria é o reflexo puramente das consciências que habitam os locais, sendo assim como não existe a noção de transcendência da matéria com a morte, mas sim o retorno da pessoa a matéria, existe nos indivíduos que tem essas mentalidades um cuidado maior para com as coisas do mundo, a natureza, as sociedades, a beleza, a tecnologia, pois entendem que o fim da vida não é o fim da existência material, e que terão que passar novamente pelo planeta, sendo assim é melhor que o tenham deixado melhor em sua última vida para ter uma existência mais confortável.
Já as filsofias espiritualistas transcedentais creêm que existe algum ponto momentâneo na existência da consciência em que subitamente ela muda de dimensão e transcende a forma de existência material para um reino sem forma espiritual, para os Budistas seria o nirvana, os Hindus sair da roda do Karma, para os Cristãos a morte, mas existe uma mentalidade básica entre todas, a transcendência, que no cristianismo de nossa sociedade, por exemplo,é chamada de Salvação, é algo individual e sem retorno, sendo assim a matéria para aquela pessoa não terá mais importância em sua próxima existência, logo a pessoa passa a vida toda seguindo os passos ditos por essas doutrinas para alcançar a transcendência espiritual, a salvação, e só pensam em melhorar o planeta e as sociedades se for algo que os atinja diretamente ou aos seus filhos e netos, que são os as únicas pessoas que tem algum vínculo afetivo, so fazem algo se for beneficiar a si próprios a curto prazo, no momento em que podem tirar algum proveito daquilo em sua breve vida, não pensam em suas sociedades, seus descendentes e em melhorar as coisas para fazer a vida humana mais proveitosa e fácil para as próximas gerações com um esforço coletivo, são individualistas e momentâneos, efêmeros, se veem como passageiros e não como parte do mundo.
Justamente por isso tem as maiories tendências destrutivas ao mundo material também, as doutrinas econômicas, sociais e políticas criadas e mantidas pelas pessoas que tem as mentalidades transcendentes são as mais nocivas a vida no planeta terra, tem quase que uma tendência morbida em olhar ao precipício da extinção humana de perto, de sujar o chão de merda e deixar ali sujo para o próximo limpar, afinal não estarão mais ali, não serão afetadas pelo problema diretamente, não pensam no próximo, em sua coletividade, sua sociedade, sua comunidade, sua nação, sua espécie, pois pensar em tudo isso é pensar na existência a longo prazo como uma continuidade aonde os ancestrais existem em seus descendentes gerando uma linha contínua de uma só existência, algo maior, algo chamado humanidade, e não tomar medidas que destruam as possibilidades de existência da sua própria espécie no planeta a longo prazo, suas ações não são congruentes com suas palavras, são mesquinhos e egoístas, só pensam em si e por eles e apenas eles, o vírus da humanidade, a espécie já teria se extinguido a muito tempo, religiosos e crentes nas doutrinas de transcendência espiritual são um peso a humanidade, sem saber deixam o mundo um pouco pior com suas ações degeneradas e doentes. As sociedades compostas por pessoas que seguem essas religões trasncendentes fazem mais guerras, poluem mais, matam mais, roubam mais, corrompem mais, há mais abusos sexuais, mais egoísmo, mais perversão da natureza humana. Olhe as doutrinas que a sociedade ocidental criou quando o cristianismo ainda tinha grande influência sobre as pessoas que criaram essas doutrinas e veja que aonde ele tocou ai está algo perigoso e nocivo a existência da harmonia, o consumismo, o culto a personalidade, a banalização do sexo, a perda da masculinade sagrada e da feminilidade sagrada, a briga entre familiares, o egoísmo, a poluição ao planeta etc...
Mas se essas filosofias trasncendentes e as religiões que as abrigam tem dentro de si códigos moralizantes, regras de bem viver e de civilizar o ser humano e as sociedades como e por que as sociedades que tem essas doutrinas são justamente as que mais tem caos, perversão e desordem do espírito humano dos seres que as habitam ? Pois curiosamente dentro das sociedades apenas poucas pessoas creem verdadeiramente nas religiões, e isso sempre foi assim, poucos tem o grau de inteligência de compreesão de coisas espirituais e metafísicas abstratas, ou são burros o suficiente para creditarem apenas na mitologia que as reveste, mas a mairia apenas obedece as linguagens de comportamento pregadas em sua sociedade, não ligam ou não se importam em pensar em coisas que fogem muito de seus afazeres e desejos, ou seja, apenas seguem o que os líderes do pensamento, os religiosos, sábios, pensadores e influentes ditam como pensamento básico de sua sociedade. Logo se o pensamento básico pregado pela nata intelecutal for o de uma mentalidade de que apenas temos uma vida e que depois da morte nunca mais veremos esse planeta, o que o grosso da população vai fazer? Vai tratar o planeta sem se importar com as consequências de suas ações, serão irresponsáveis na alocação de recursos e energia humana nas sociedades, organizarão os sistemas sociais para seguirem as mesmas regras, a grande maioria vai seguir o que o zeitgeist diz, e o zeitgeist diz: usai e abusai da sua passagem na terra pois ela é passageira e breve, para os que desejam seguir as regras e ir para a trasncendência, para o céu, fazei e cumpri as leis de Deus, para os que não tem inteligência abstrata espiritual suficiente, ou que os isntintos apenas falem mais alto, façam o que quiserem, pois aqui nunca mais retornarão, e quando ninguém estiver olhando, há quando não estiverem olhando, esses libertam seu lado animal e serão monstros, destruiram cidades para suprir seus desejos mais fúteis.
A melhor doutrina social espiritual para uma sociedade é a doutrina da filosofia espiritualista materialista, pois aceitando a matéria como parte essencial da existência do espírito ela faz com que o grosso da humanidade, aqueles que não desejam nem se importam em estudar e seguir os preceitos espirutais, pelo menos sigam o pensamento básico que os influentes pregam, e o mais básico seria o "melhorai as coisas para seus descentes e para vocês mesmos, pois um dia voltarão aqui, e colherão tudo que fizeram nessa vida na próxima através do carma" Introjetando essa filosofia na mentalidade social as grandes massas de ignorantes humanos se tornam mais responsáveis pelas suas ações e fazem mais coisas boas para sua espécie e para as sociedades.
A GENEALOGIA DA MORAL
Depois de ler a genealogia da moral de Nietzsche me veio a questão, da onde então vem a compaixão, não moral no sentido raso e prolixo que ele usa no livro, nesse sentido, de moral como costumes e valores obvio que é algo cultural, nem se precisa estudar história como ele propõe para se chegar a essa conclusão, basta observar outros povos e culturas (os poucos que ainda existem) e ver como sua moral é ou em partes ou completamente diferente da nossa, sendo assim é algo que não pode ser natural, mas histórico e cultural. Entretanto me veio a questão, da onde surgiria as ações benevolentes? o sentimento de compaixão? o altruísmo? a bondade? seria isso cultural mesmo como ele fala no livro? teriam sido os degenerados cristãos que pariram esses conceitos e antes eles não existiam? os escravos e fracos criaram a compaixão para favorecer sua fraqueza? ora apenas uma mente torpe, horrenda e degenerada pensaria algo desse tipo, um espírito sombreado que ve então as sombras que tanto remoe projetadas no mundo. É realmente uma explicação muito tentadora ainda mais com o tom poético e inteligente do velho Nietzsche falando tudo isso com versos elaborados e palavras desconhecidas, da até um ar de autoridade a idéia fazendo dela como um vaso dourado e cravejado de brilhantes, mas ainda assim um vaso, oco, vazio, sem forma, que quer reluzir mas não tem substância. Existe para receber substância mas sem substancia em si, precisa ser preenchido pr alguma coisa para ter sua função cumprida, precisa ser preenchido de maldade, fel, morbidez e doença, as principais carcterísticas do velho doido, daquele alemão triste e degenerado, genial, lixo. Existem coisas que não cabe a filosofia investigar, pois essa não tem os orgãos necessários para perceber todas as causas dos fenomenos. é como se a filosofia resolvesse responder o por que o céu é azul, ou então por que as avez voam, e então os malditos intelectuais solitários que se chamaram ao longo de toda a história de ''filósofos" criaram as mais diversas histórias com a lógica de suas cabecinhas inteligentes e malditas do por que as aves voaam, mas ainda assim se algum chegar numa hipótese correta essa nunca poderá ser provada como correta, pois na filsofia como conhecemos falta algo principal que se criou justamente na ciencia, os testes controlados atravé usando maquinas e aparelhos adequados que servirão como orgãos perceptivos que o ser humano não dispõe naturalmente, ou nas coisas que não podem ou não precisam ser testadas o estudo cuidadoso e severo de análise dos fenômenos, e então se chegará a uma verdade material, a causa de um fenomeno. Se filosofia é amor pela sabedoria, e a sabedoria é conhecer o que existe, o que é, o que está, então a evolução natural da filosofia não são velhos amargurados maquinando hipóteses, mas a ciência! ela é a filosofia em sua forma mais avançada, mais verdadeira, a que busca verdades de fenomenos e os acha, apesar de não ser muitas vezes a forma mais acertiva, é a melhor que temos. Assim, a busca pela verdade das coisas através do método científico é o que um sábio busca, pois o método em si é muito bom, e consegue com sua forma simples embasar a veracidade de algo, e também funciona com muitas das coisas que envolvem o ser humano, principalmente a antropologia, a neurociência e a psicologia. Todos os filósofos primitivos até agora que tentaram sondar e fazer afirmações acerca da moral e dos valores e virtudes humanos tem grandes chances de estarem errados em seus pensamentos pois faltava na época deles estudos, sabedoria, e conhecimento básicos que apenas a ciência do último século, através dos seus métodos e evoluçao, deu ao ser humano. Conhecimentos sobre nossa própria história, desenvolvimento e origem fisiológicos que faltavam a Platão, Aristoteles, Kant e até Nietzsche. O que seria a origem da moral em si? Pense numa comunidade primitiva de seres humanos em estado natural, cerca de 30 a 50 indivíduos nômades, nus e ignorantes. Uma das humanas ao se irritar com sua irmã a ataca causando um ferimento fatal nela (e qual ferimento na natureza não é fatal?) fazendo com que o grupo perca um ente, e lembre-se perder um ente para um grupo não é apenas perder um ente como a simplicidade da palavra pode sugerir, mas perder toda a energia investida por todos os outros menbros, energia genética, metabólica, sexual reprodutiva, afetiva etc... toda essa energia que levou para o grupo e para o ecossistema ter gerado aquele indivíduo se perde, a toa. As frutas que ela comeu do meio ambiente e poderiam ter sido comidas por outro mebro, a energia que os mebros do grupo depositaram ao cuidar dela no estágio infantil, tudo isso para o lixo. O grupo não tem um a menos apenas, tem energia jogada fora. Agora umm outro fato ocorreu, um macho em período de reprodução ao ver outro macho mais novo investir contra uma fêmea dá na cabeça dele com uma pedra, e o mata. mesma coisa, agora dois a menos. Um indivíduo com gostos sexuais degenerados, que eu não poderia citar aqui para evitar problemas, pratica violência contra duas crias do grupo, uma morre pois era muito jovem, a outra foi traumatizada e se trasnformará num adulto mal formado psicamente, e sua chance de achar um parceiro sexual e reproduzir foi reduzida. mais energia do grupo jogada fora. Vê? Precisa-se explicar mais? esse grupo iria diminuindo pouco a pouco, um grupo pequeno tem menos chances de sobreviver a tantos infortúnios na natureza, outros grupos que não tem os mesmo hábitos de violência desregrada prosperam e se reproduzem mais, passando a diante os genes, ou a conduta educativa, que leva a uma apaziguação natural da violência. a moral do ponto de evolutivo, biológico, tem todo sentido, não surgiu como um propósito para algo, mas é o algo de um propósito, ela não é a causa mas o fenomeno natural e evidente. sem a moral a própria organização de grupo não teria conseguido se formar, em qualque espécie de animal, abelhas, macacos, araras, golfinhos e até humanos. Ela é sim flexível, vemos que dependendo do tipo de educação recebida e da própria experiência dos indivíduos ela pode ser mais rígida ou mais elástica, mas ainda assim é raro achar um ser humano que não tenha nenhum sentimento de moral, seja dos mais elevados como altruísmo seja dos mais básicos como misericórida e pena. Ainda vou investigar e pesquisar mais para entender como ela se forma em si nos humanos, qual idade, se é algum fator genético, ou então seria tanto genético como cultura, se é reforçada ou afrouxada por determinadas experíências ou se é fixa nos indivíduos. Mas algumas coisas foram descobertas com essas breves pesquisas, Moral é algo que se forma naturalmente em animais com organização de grupo e apesar de variar de espécie para espécie ela tem um princípio lógico, a neutralização da violência que possa causar perdas energético-fisiológicas no grupo, favorecendo ele dentro do ecosistema, a moral é um mecanismo evolucionário e lógico.
E L I O G A B A L O S
EXISTE ALGO CURIOSO, um tanto intrépido e arredio, mas um arredio nojento, aquele que exala gases putrefatos e que causa ansia de vômito, talvez um ânsia exagerada, talvez provocada propositalmente, aqueles propositalmentes sem culpa. É esse algo esquisito e afetado que vemos no pensamento daqueles que negam a própria realidade da natureza e do universo para seguir padrões de pensamento inaugurados por outros, demasiados longe em todos os aspectos destes que escrevem agora. É esse algo curioso que vemos no pensamento de muitos, mais renomados com certeza, dos filósofos modernos e pós modernos. Essa pretensão, essa soberba, e digo soberba pois soberba é o querer ser superior sem algo supremo que embase essa superioridade, sendo assim uma superioridade falsa, às avessas, doida, de fantoche, mascarada. Essa soberba de achar que interpretam a realidade de forma mais elucidativa e iluminada que pasmem, a própria realidade! A realidade que eles analisam na verdade se trata de um aspecto da realidade em si, porém exacerbado. Que aspecto é esse? A realidade pode ser lida de dois modos, ambos verdadeiros, ambos complementares. Assim como tenta elucidar o barco de teseu as alas dos filósofos, degladiam-se para definir se a realidade é algo cristalizado e eterno ou algo em eterna mudança aonde nada é mas está constantemente. Eles não percebem que as duas coisas são a mesma coisa! A realidade é como uma fita infinita, se você focar sua análise tentando ver até aonde a fita chega verá uma eterna repetição de padrões, conceitos e arquétipos que emanam da mesma fonte e vão para a mesma fonte, no entanto, se pegar uma lupa e focar sua análise numa micro-parte desse fitilho infinito verá que tudo em suas pequenas partes que a forma é móvel, se movimenta, se molda, está em constante transformação, vida e morte. São apenas diferentes formas de analizar a mesma fita. Isso é a realidade. Uma coisa só. E dentro dela vemos tanto conceitos pétreos como passageiros, e até a pedra mais dura um dia em milhões de eons não termina por se decompor? E de seu pó em processos geológicos não se formam novas rochas? A natureza da realidade é a eternidade em constante mudança.
Sendo assim, para o ser humano que é um ser temporal, e principalmente para o indivíduo observador humano, existem diversas coisas que são pétreas, imutáveis, e diversas que calhamos de pegar a fase em que elas estão mudando, bem diante de nossos olhos, seja rochas, animais, planetas ou comportamentos sociais, isso se aplica a tudo que existe.
A economia
Dentre essas leis que observadas pelo indivíduo observador humano tem tempos de existência tão longos e contínuos que são vistas por nós como eternas, existe uma que é a guia que molda todos os padrões dentro do mundo material conhecido, a economia. Economia é o princípio que rege a análise, processos, distribuição e dinâmicas dos elementos materiais escassos no cosmos. Escassos não quer dizer que há poucos deles, mas que há em quantidade limitada, afinal tudo no universo material é limitado e distribuído e não contínuo, logo tudo é escasso, existe em determinadas quantidades. Sendo o princípio base da existência do universo material, que é uma realidade fractal, temporal e diversa, a escassez, logo, todos os processos que precedem a existência do universo material usam a economia em alguma parte sua, seja na distribuição, seja no processamento, seja nos ciclamentos ou nas dinâmicas de seus processos. A economia é um dos princípios que formam a base de toda a existência da realidade do universo material. Tudo segue leis econômicas, e quanto mais prompts de comando existem em algum processo no universo mais exacerbado e claro fica a presença da economia em sua composição. A vida é o principal deles. Os organismos biológicos tem em sua base de existência diversos prompts de comando em seus sistemas formadores, e como todos lidam com o fluxo por aquele organismo de materiais exógenos escassos logo a economia é um dos princípios abstratos mais visíveis em todas as dinâmicas dos seres vivos em suas partes formadoras dos seus organismos ou entre si. As leis que regulam o desenvolvimento, a reprodução, a organização com seus pares, a regulação da quantidade das espécies num ecossistema, a homeostase, todas seguem a economia para lidar com o paradigma básico da realidade material fractal, a escassez de recursos, a limititude, a não plenitude.
A psicologia já determinou o surgimento do aprendizado da moralidade nos seres humanos. Ela ocorre na infância através de relações simples cotidianas. Quando num grupo de crianças um indivíduo promove alguma agressão a outro, o agredido para de se relacionar com ele, o exclui, e isso fere um dos instintos base de sobrevivência de animais de grupo que é a união com outros semelhantes. Logo através dessa exclusão o indivíduo aprende que machucar, ferir, tomar, roubar, ou qualquer outro tipo de conduta que danifique a integridade de outros indivíduos do seu grupo é algo a se reprimir em si. Assim a psicologia mostra que humanos que não tem contato constante com outros humanos de sua idade durante a infância tem senso de moralidade frágil e inadequado quando adultos. Isso indica duas coisas. A primeira é que a moral é desenvolvida. A segunda é que o princípio que a desenvolve já vem dentro de nós. Indicando que ela foi desenvolvida pelas dinâmicas da natureza para nossa espécie e para quase todas as espécies de animais terrestres de grupo, ou seja, a moral é um princípio biológico, ela é criada naturalmente em qualquer grupo humano pois faz parte da dinâmica de relacionamento mais primeva dos agregados, se desenvolvendo logo na infância.
Se todo princípio biológico tem no seu fundo uma base econômica temos que inferir que dentro da moral humana existem princípios econômicos relativos a seus códigos e a sua existência. Vamos começar com os princípios básicos que parecem estar em todos os primatas de grupo e em todas as populações humanas. Os princípios morais básicos são: não agressão sem motivo de regulação de hierarquia ou manteneção da harmonia, distribuição de recursos de forma a saciar as necessidades básicas de todos os integrantes do grupo sem muita distinção entre o que recebe mais e os outros, manutenção das relações e funções de cada classe ou integrante do grupo em sua relação intergrupal ou com o ambiente. Esses são os princípios morais básicos e deles surgem todos os outros. Eles surgem dessa primeira integração entre os seres que compõem uma comunidade de animais num ambiente.
Nas sociedades humanas vemos que destes princípios morais básiScos há um desenvolvimento e um florescimento ramificado de outros princípios que surgem deles de acordo com cada aspecto cultural ambiental, contribuição de indivíduos aquele prédio cultural de sua respectiva sociedade, e a dinâmica daquele grupo humano específico com as disponibilidades materiais de seu ambiente, logo, economia. Existem então dois tipo de moral, uma que é biológica e primordial comum a todos os animais de grupo, a básica, e outra que são os códigos mais específicos desenvolvidos em cima desses códigos que pertencem a moral básica relativos a cada grupo específico humano, que é a moral temporal. Dentro da moral temporal é visível que os códigos que há formam e mantém em cada grupo humano são criados, mantidos ou destruídos usando a economia dos recursos necessários a esses grupos para manutenção da vida, que varia de acordo com cada local, capacidade tecnológica e período do tempo. Vamos supor que existe muito de um recurso no ambiente que aquele grupo esteja localizado. Esse recurso não será tão valioso pois não é tão escasso, logo a moral daquele povo tende a se adaptar tornando os códigos relativos aquele recurso menos rígidos. Se um recurso naquele ambiente daquele povo é escasso ele se torna mais valioso e os códigos que regem as dinâmicas com aquele recurso se tornam mais rígidas. As modificações, atualizações, acréscimos ou cortes nos códigos morais temporais são feitos pelos indivíduos que tem poder naquele grupo e imitada através de assimilação cognitiva pelos demais. Todas elas seguem a análise, consciente ou não, desses indivíduos com poder (seja poder de força, convencimento, político, influência, intelectual etc...) em relação aos recursos vitais de seu ambiente e assim através de sua análise determinam sua conduta pessoal, e sua conduta pessoal influencia os indivíduos sem poder de percepção das dinâmicas de recursos do ambiente a seguirem de forma inconsciente sua conduta e a internalizarem seus códigos morais.
Se os indivíduos com poder criam uma moral temporal, seja por má formação psicológica de sua sensibilidade moral, seja por falha de julgamento na percepção das dinâmicas do ambiente, que seja contra algum dos princípios da moral básica biológica, ou seja, que se afaste muito a ponto de quebrar a ligação que tenha com a moral biológica, essa moral não é bem aceita e gera resistência por parte do grupo como um todo. Isso parece ser uma ferramenta dinâmica biológica da natureza para que os animais não consigam pela sua vontade pessoal ir contra os princípios que embasam o próprio universo e sua própria existência e assim incorram na autoextinção de seu grupo por irem contra a lógica que o precede. Se uma ação não é econômica com os recursos vitais do ambiente ela não se torna moral, é rechaçada, atacada e extinta no grupo. Se a disponibilidade de recursos no ambiente muda logo os códigos que regem as dinâmicas com esses recursos mudam, então o grupo assimila uma nova moral que vem dos que percebem de forma mais aflorada essas mudanças e tem capacidade de influenciar o grupo. Se alguém tem capacidade de influência e poder mas o usa para criar códigos de conduta que não correspondem a essa disponibilidade de recursos do ambiente essa moral não é aceita pelo grupo e que a rejeita pois vê que ela causa instabilidade material e estresse ambiental. Se alguns indivíduos do grupo tem capacidade de influência mas gera códigos de conduta que se separam muito da moral básica biológica esses códigos sofrem resistência de assimilação do grupo, são vistos como negativos mesmo que possam vir a se tornar parte da moral, e tendem a não conseguir permanecer por muitas gerações num grupo pois vão contra a dinâmica da natureza, são antieconômicos.
As dinâmicas de relação da sociedade em todos os grupos humanos seguem esses princípios aqui esclarecidos. Todos os códigos de conduta moral humanos são ramos da moral básica, se esses ramos são cortados e a uma interrupção de continuidade lógica a moral perde sentido econômiconatural e assim é rejeitada pela própria sociedade como uma forma de autodefesa para manter sua posição dentro de seu arquétipo designado pela natureza. Vemos que a única coisa que faz com que a moral temporal se modifique é mudança na relação dos recursos essenciais a vida num ambiente, seja na natureza ou num grupo humano. Logo os únicos fatores que poderiam fazer essa mudança seria a mudança de um grupo para um ambiente natural muito diferente em relação aos recursos, um cataclismo que altere os recursos do própria ambiente natural que esse se encontra como uma mudança climática, uma epidemia ou a presença de um novo predador, ou, a aquisição de tecnologia, essa facilita a propiação de recursos materiais do ambiente pelo ser humano. Logo vemos que como as duas primeiras demoram tempos muito longos para ocorrer, isso quando ocorrem, as sociedades menos tecnológicas são as que tem morais mais duradouras, e quanto mais embasada em tecnologia é uma sociedade mais rápido sua moral se modifica ao longo da história. A civilização ocidental que é um megagrupo transcontinental humano é dentre todos os grupos humanos a sociedade que mais cria, desenvolve, e valoriza a tecnologia, logo ela é a mais indicada para se estudar as dinâmicas da moral no animal humano que não podem ser tão claras em outras sociedades pelo atraso de desenvolvimento técnico delas. Por exemplo, existe uma relação clara entre a percepção de abundância no número de indivíduos de um grupo humano, o adensamento de grupos humanos por assim dizer, com a tolerância moral a práticas sexuais não reprodutivas como práticas homossexuais e a não geração de filhos por parte da mulher. Em cidades grandes aonde há uma superpopulação de humanos, muito próximos uns dos outros, existe uma tendência forte daquele grupo aceitar uma moral que seja tolerante a condutas sexuais que não gerem reprodução, pois cognitivamente existe a impressão de que já existem muitos humanos para aquele ambiente, logo para manter uma harmonia de recursos é até algo benéfico que nem todos tenham filhos, é economia, uma boa relação entre a dinâmica de recursos ambientais com a quantidade de indivíduos que compõe o grupo. Da mesma forma a morte proposital de seres humanos que infrinjam a moral básica biológica tende a ter uma boa aceitação pela moral do grupo. Já a morte proposital de indivíduos que infrinjam apenas a moral cultural é bem aceita quando a formação dos indivíduos não toma muitos recursos da sociedade. Por exemplo, numa sociedade não tecnológica e tosca, aonde os indivíduos não precisam de longos anos de preparação para exercer suas funções de produção, existe uma tendência da moral de aceitar bem a punição a infração da moral temporal com a morte ou com violências graves, sendo bem aceita pelo grupo. Já em sociedades mais desenvolvidas tecnologicamente aonde o tempo de preparação para um indivíduo exercer sua função social é mais longo, como na sociedade ocidental contemporânea, aonde existe um padrão de instrução muito longo e técnico, a moral da sociedade tem uma forte tendência a ver como negativa a morte de indivíduos que tenham infringido apenas a moral temporal, pois não seria econômico, a quantidade de recursos investida em cada indivíduo é enorme e demasiada longa, impedir que ele chegue a fase de produção seria jogar fora todos esses recursos investidos nele e ainda todo o potencial recurso que esse geraria a sociedade futura, logo seria um prejuízo de recursos, seria antieconômico, e a moral se adapta para seguir sempre as leis econômicas, depois as biológicas, e apenas depois por último as leis da moraltemporal humanas de cada povo.
Sendo assim percebe-se claramente que a moral tem um sentido na escala biológica, que segue o princípio universal da economia. Essa é a verdadeira genealogia da moral, a natureza, o universo e suas leis.
OS VALORES MORAIS ASCÉTICOS NA VIDA HUMANA
[09:57, 26/05/2023] Rafael: Sempre me guiei por ideias. Se não posso alcançar esses ideais do que adianta permacer num mundo mental que valoriza eles? É jogar um jogo que nunca se pode vencer
Existem três valores que guiam a maioria dos indivíduos humanos desde seu nascimento a sua morte. Esses três valores tem a característica de estarem associados a percepção de mundo situacional temporal, ou seja, o indivíduo que tem esses valores é o indivíduo que não tem capacidade de abstração para inteligir uma realidade com composição diferente, podendo então ser chamados de valores materialistas, pois suas ações são pautadas puramente em reações materiais das ações tomadas. Esses são os valores instintivos presentes em formas mais primitivas nos animais, esses valores que guiam o ser humano em seu estado primal na natureza, vem como default no cérebro basal, são instintivos em nós, são esses valores que continuam guiando todo indivíduo se esse não tiver uma educação espiritual posterior em seu EU. Esses três valores são a pedra angular, o guia, as três arestas do triangulo do frontão da mentalidade material. Podemos chama-los com expressões modernas para serem assim logo identificados, são a beleza, o dinheiro e o poder.
O valor pela beleza poderia ser traduzido pelo desejo de ter em si e em sua esfera de influências pessoas, objetos, seres vivos e coisas técnicas dotadas de estética, e estética é por si só a presença de determinadas caraterísticas como a ordem, a hierarquia, a semelhança, a singularidade, a harmonia, a benevolência, a funcionalidade perfeita etc... O desejo pela beleza faz com que os indivíduos naturalmente valorizem e por conseguinte busquem ter em si essa beleza e em coisas que estão sob sua esfera de influência, buscam então objetos belos, pessoas belas, paisagens belas, animais belos etc... O desejo pela beleza pode ser associado ao coito e as relações amorosas sendo as pessoas belas tendo primazia na escolha de parceria relacional por essa atração enorme que a beleza gera.
O segundo valor que guia os indivíduos materialistas é o dinheiro. Dinheiro que é moeda e troca não tem nada haver com um instinto natural, mas ele é a associação lógica que se faz nos indivíduos de um valor material, que é o poder de viver experiências, com a chave que desbloqueia essas experiências nas civilizações desenvolvidas, o dinheiro. Dinheiro é a liberdade no mundo material. Quanto mais dinheiro um indivíduo tem maior são sua possibilidades e consequentemente menor suas limitações, e o oposto é verdadeiro para os indivíduos sem dinheiro. Sendo assim dinheiro não é moeda, é se afastar da limitação material, é provar o ilimitado.
O terceiro valor presente nos indivíduos materialistas é o poder. Os outros dois poderiam ser definidos como tipos de poder também, por exemplo, a beleza eu poderia ter nominado de "poder de atração" e o dinheiro como "poder de escolha" mas isso são apenas figuras de linguagem que não importam nem um pouco com os conceitos que quero passar aqui. Quis definir esse terceiro valor como poder por é a associação mais básica e natural que e faz quando e pensa na palavra "poder", o poder de comandar a ação de outras pessoas. Ter pessoas fazendo o que se acha melhor e não o que elas achariam melhor é um dos maiores valores dos indivíduos materialistas e ele é usado para guiar suas opiniões, visões, constructos, fantasias e desejos assim como os outros dois.
Mas antes de julgarmos as ações dos valores materialistas como ruins ou boas temos que nos atentar a um fato, o que está acima desse sistema de valores. O que seria o valorar a beleza física estética se não uma atração pela beleza ideal em si, que é composta por todas aquelas características ja citadas de ordem, a hierarquia, a semelhança, a singularidade, a harmonia, a benevolência, a funcionalidade perfeita? O que seria o valor ao dinheiro, as experiências que o ter dinheiro podem proporcionar, se não a vontade de viver um vislumbre da ilimitude, do fim das limitações, do se afastar da inércia de ação? O que seria o desejo de poder sobre os outros se não uma forma de querer ver o mundo funcionar de acordo com a noção pessoal do indivíduo de como ele deveria estar funcionando, sendo assim querer que o mundo funcione de acordo com seu bem, ou seja, um desejo pelo bem? Vemos que detrás dos três valores materialista há o valor por três coisas perfeitas, divinas, ideais, a beleza, a ilimitude e o bem, porém buscados como entes individuais em si próprios e não como partes de algo maior e assim dentro do sistema de valoração materialista esses valores deveriam ser buscados de forma avulsa pelo mundo tanto para serem adquiridos pelo ser, como para serem influenciados pelo ser em ações externas. Dessa forma os indivíduos com mentalidade materialista buscam nesse mundo esses ideais. Buscam em objetos materiais a fusão com esses ideais, que sendo ideais, são abstratos e conceituais, não estando em parte alguma nem em coisa alguma do mundo mas podendo fazer parte por um momento da composição de alguma coisa material. Primeiro vou mostrar como esses valores não se embasam na realidade prática, depois vou discorrer sobre a metafísica da impossibilidade dos ideais existirem nesse mundo.
Todo o mundo humano foi concebido por indivíduos ao longo de milhares de anos que tiveram esse comportamento de buscar esses três valores em si ou fora de si de forma avulsa fora de um todo no mundo material, finito, circunstancial e temporal. E isso gerou essa sociedade que temos hoje aonde ninguém é plenamente realizado pois dentro de si ainda insiste em buscar coisas aonde não existe favorecimento do meio para alcançá-las, ou seja, por sua escala social não é para alcançá-las. Uma base de valores moldada nessas três coisas como ápice da vida é por si só uma incoerência e uma impossibilidade doentia. É o padrão universal conseguir esses ideais pessoas que nunca buscaram beleza, poder ou dinheiro do que pessoas que os buscam alcançando-os o que já por si enumera uma lei perceptível de causas e consequências. Percebe-se observando a sociedade que a beleza na esfera da estética humana é em sua maioria composta de características fenotípicas genéticas que só podem ser alcançadas nascendo com a composição de genes certos e em minoria de feitos de ações construídas em cima dessa base genética através de interações sociais, físicas e culturais. Uma pessoa que tenha a composição gênica certa mas que não cumpra as ações culturais e circunstanciais para ser considerada bela na sociedade, não será bela, mas o indivíduo que não nasceu com a composição genética certa ainda que tome todas as ações necessárias nunca terá beleza estética. Fazer parte da elite econômica na nossa sociedade é possível de duas maneiras, uma é sendo um gênio e usando suas capacidades geniais associadas as condições externas que sempre influenciam, que no caso podemos chamar de sorte, aleatoriedade, ou então nascendo em uma família que te dá condições de estudo e instruções para criar alguma riqueza, que é um negócio, e depois disso desenvolver a riqueza com a ajuda das circunstâncias da sorte que é ter amigos influentes, ter um local correto para desenvolver o negócio, ter rede de fornecedores certa, não ter uma crise ou revolução econômica no seu país que quebre sua fonte de riqueza . Ou então já nascendo numa família que transmita essa riqueza faustosa de elite. Sendo assim vemos que não é algo alcançável de forma prática, reproduzível ou aprendível mas algo que se dá de forma quase que aleatória como a beleza estética. E o poder de mandar nas pessoas e as fazer fazerem o que se acha melhor é mais escasso e aleatório ainda sendo muitas vezes associado ao dinheiro e a economia de um local na forma de barganhas de moeda ou na violência e na força bruta de coerção. Em suma vê-se que esses três ideias naturalistas não são algo que possa ser buscado através de práticas determinadas e sequenciais, mas pelo contrário, estão associados a vida e as circunstâncias de cada indivíduo e não são buscáveis ou alcançáveis, mas adquiridos e mantidos, por aqueles que tem a sorte de já terem nascido com algum ou com mais de um deles.
uma pessoa bonita vai por um tempo ter a beleza passando por si, mas no mundo material existe o tempo e a beleza logo irá desaparecer dela como um pássaro que voa sob nossa vista e vai desaparecendo rumo ao horizonte, e depois vem a morte que logo desintegrará aquele corpo. A beleza apenas esteve presente por um tempo naquele objeto material que é o corpo, ela apenas passou, foi uma passageira. Os ideais, sendo ideais perfeitos, e com perfeitos sem a possiblidade de mudança, não podem fazer parte integrante e basal de um mundo dinâmico, fractal e dinâmico, ou seja, imperfeito. Logo os ideais apenas passam por algumas coisas como se viessem de outra realidade, se integrassem na composição da matéria por algum tempo e logo fossem dissolvidos pela imperfeição, pelo tempo ou pela morte. E disso estou falando de coisas ideais que são extremamente raras no nosso mundo, por exemplo, uma pessoa que represente o ideal da beleza em si, não pode melhorar, pois se tem em si o ideal, ou algo extremamente próximo do ideal estético, não pode por acepção lógica melhorar, pois é ideal. Se ao olhar para um físico de rosto e corpo belo e se pensasse que esse organismo poderia melhorar em matéria de beleza, ou seja, ficar reparando em seus defeitos, em vez de ficar extasiado com a beleza, então não seria alguém belo, mas apenas bonito, alguém um pouco mais próximo do ideal, mas que não tem o ideal em si. E isso também é para todos os objetos que na matéria podem ter a sorte de ter em si algum ideal; Os ideais são conceitos perfeitos, abstratos, imutáveis, já plenos em si próprios, conceituais, podendo ter aqui no mundo fractal uma aproximação ou distanciamento maior deles em escalas mas raramente algo do mundo material recebe em uma escala tão alta um ideal abstrato que poderíamos chamar essa coisa de PER FEITA, e quando a recebe sempre vem o tempo para remover esse ideais como aguarás num quadro renascentista escorrendo aos poucos toda forma bela da tela, dissolvendo, transformando em outra coisa, reciclando, caotizando, destruindo. Logo, esse sistema de valores materialistas que promovem a busca desses ideais perfeitos na própria matéria, num mundo da onde eles não são, mas apenas passam, nunca serão supridos, pois além de ser um caso de sorte ou impossibilidade imensa que um indivíduo seja bonito, rico e poderoso, pois essas coisas são alcançadas através mais do favorecimento da aleatoriedade em favor do indivíduo que as tem, gerando as condições necessárias para que ele trabalhe e desenvolva esses ideais pelo tempo que lhes forem integrados, do que um indivíduo que não tem nenhuma dessas coisas as alcance ao longo da vida de forma plena e suficiente, o indivíduo que ainda assim tenha a sorte de alcançar essas coisas ainda assim elas não ficaram em si, mas passarão por si, pois o mundo tenda a imperfeição, tudo passa, tudo é destruído e construído em ciclos sem fim aonde metade do ciclo é perfeição e a outra metade de baixo é o esvaecimento dessa perfeição em nada.
[10:24, 26/05/2023]
Os ascetas que se deram através de filósofos, pensadores, racionalizadores, religiosos e místicos foram as poucos nascendo e espalhando ideias de que talvez esses ideias não sejam encontrados aqui no mundo finito, mas vem de outro mundo, são o vislumbre de outra coisa.
[10:29, 26/05/2023] Rafael: Ve se que existe uma relação clara entre as ondas de pensamento ascético com o grau tecnológico das civilizações, pois apenas em civilização mais desenvolvidas tiveram grandes religiões e morais ascéticas espalhadas e aderidas por suas populações.
[10:31, 26/05/2023] Rafael: As grandes filosofias e religiões modernas ascéticas espalharam um outro tipo de valoração moral nas sociedades em que se implementaram. Substituíram os três valores naturais, beleza, poder e dinheiro por valores mais adaptados a uma vida que tem a presença constante da feiura, da falta de abundância da limitação e da morte.
[10:33, 26/05/2023] Rafael: Assim os valores morais das pessoas que seguiam esses corpos religiosos ja era introduzido com um sistema de valoração a vida diferente do natural animal, gerando uma vida mais feliz e plena do que a vida dos que tinham dentro de si valores materialistas.
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